Mais um suspeito de envolvimento no desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips foi preso, de acordo com a Polícia Federal (PF). Dom e Bruno não são vistos desde o último dia 5 quando se deslocavam pela região do Vale do Javari, na região do município de Atalaia do Norte (AM).
De acordo com a PF, Oseney da Costa Oliveira, 41 anos, foi preso temporariamente por suspeita de participação no caso junto com Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, que já está preso.
A PF informou ainda que Oliveira está sendo interrogado e, na sequência, será encaminhado para audiência de custódia na Justiça em Atalaia do Norte.
“Além disso, houve o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário em Atalaia do Norte (AM) tendo sido apreendidos alguns cartuchos de arma de fogo e um remo, os quais serão objeto de análise”, diz nota enviada pela PF.
As investigações, acrescenta a Polícia Federal, “continuam sendo realizadas de forma técnica, sem que esforços materiais e humanos sejam poupados para a completa elucidação dos fatos”. “Os órgãos federais e estaduais reforçam que não há nada mais importante do que a busca pelos senhores Bruno Pereira e Dom Phillips e reiteram a esperança de encontrá-los”, finaliza a PF.
Buscas continuam
A Polícia Federal garante que o comitê de crise coordenado pela corporação continua com as buscas fluviais e aéreas na região do rio Itaquaí.
Ainda não há informações sobre o paradeiro da dupla, que desapareceu quando fazia um trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até o município de Atalaia do Norte.
Na última segunda-feira (13), a PF encontrou uma mochila, roupas e outros itens pessoais na área das buscas. Horas depois, foi confirmado que os materiais pertencem a Pereira e Phillips.
No domingo (12), foi encontrada uma embarcação na região de buscas pelo jornalista e pelo indigenista. Na sexta-feira (10), equipes que integram a Operação Javari localizaram “material orgânico aparentemente humano” no rio Itaquaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte.
O conteúdo foi encaminhado para análise pericial pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Também serão analisadas amostras de sangue encontradas na embarcação de Amarildo apreendida na quinta-feira (9).
Fonte: CNN