Redação Planeta Amazônia
A prefeitura de Rio Branco realizou nesta terça-feira, 28, uma coletiva para esclarecer informações a respeito do programa Recomeço que beneficia com móveis e eletrodomésticos famílias que foram atingidas pela cheia ocorrida em março deste ano.
A titular da Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social(Sasdh), Suelen Araújo destacou que, de 17 mil famílias atingidas pelo alagamento, apenas 3 mil estão cadastradas no programa assistência do município.
“Reforço mais uma vez: nem todos os atingidos pelo alagamento têm direito aos móveis. Estão sendo beneficiadas as famílias que foram abrigadas no Parque de Exposições e nas escolas, além das que foram visitadas e que atendem aos critérios de vulnerabilidade social. Fizemos os cadastros nos oito Centros de Referência de Assistência Social (Cras) de Rio Branco. Quem conseguiu tirar seus pertences de suas residências não se encaixa em nosso perfil de assistência”, frisou.
Suelen Araújo também comentou sobre os protestos realizados em alguns bairros da cidade e disse acreditar que exista motivação política por trás dos atos.
“Infelizmente, tem cunho político, sim. Isso ocorre após análise de cada caso. Foi deixado bem claro que fazer o cadastro não significava ser contemplado. Quem acha que vai receber os itens fechando rua, está enganado. Nós atendemos a critérios impostos pela lei”.
O coordenador da Defesa Civil da capital, tenente-coronel Cláudio Falcão, falou sobre o mapeamento feito nas áreas atingidas pela enchente:
“Mais de 60 bairros de Rio Branco e também 21 comunidades rurais foram atingidas pela inundação, totalizando mais de 17 mil pessoas. Fornecemos esse mapeamento para a Assistência Social, que colocou suas equipes nas ruas, visitando casa por casa, para poder selecionar, dentro dessas muitas famílias, aquelas que têm mais vulnerabilidade e direito a receber os móveis e eletrodomésticos. Temos critérios estabelecidos pelo governo federal. Ou seja, existem famílias que foram visitadas, mas que não preencheram os requisitos. Estamos atendendo quem realmente precisa”, concluiu o gestor.
Estão sendo entregues camas, colchões, travesseiros, fogões, botijas de gás, televisores, tanquinhos de lavar roupa, ventiladores, travesseiros, cama box (de casal e solteiro), guarda-roupas e outros itens. Na primeira etapa, foram contemplados moradores cadastrados no Cras do Rui Lino, que atende uma regional de 42 bairros.