Publicação reune lista das principais igrejas católicas da Amazônia

A Amazônia possui muito mais que belas paisagens naturais. As capitais da região contam com imponentes construções e maravilhas arquitetônicas, dentre elas é possível destacar as igrejas católicas, que fazem parte da história da colonização amazônica. 

Conheça as mais populares das capitais da Amazônia:

Catedral Nossa Senhora de Nazaré (Rio Branco – Acre)

A ‘Pedra fundamental’ da Catedral Nossa Senhora de Nazaré foi lançada em 25 de julho de 1948, por Dom Júlio Mattioli, primeiro Bispo do Acre. No entanto, suas instalações principais só ficaram prontas, de modo a receber as cerimônias, no ano de 1958. 

Com o projeto arquitetônico de autores italianos e sob orientação do mestre de obras João Luiz da Silva, a Catedral, construída em estilo romano-basilical, possui em seu interior três naves separadas com 36 vitrais coloridos na parte superior e 11 na inferior com cenas da Via Crusis; a abóbada em arco, sustentada por 26 colunas, é pintada em carmesim e branco.

Catedral Nossa Senhora de Nazaré. Foto: Reprodução/Facebook-Arquediocese de Rio Branco

Igreja São Sebastião (Manaus – Amazonas)

Localizada no Centro histórico de Manaus, no Amazonas, a Igreja São Sebastião é um dos monumentos de grande valor cultural e histórico para o povo manauara. A igreja fica em frente ao Largo São Sebastião, que possui o monumento de Abertura dos Portos do pintor e decorador italiano Domenico de Angelis, o mesmo responsável pela ornamentação do salão nobre do Teatro Amazonas.

A primeira capela da Igreja de São Sebastião foi erguida no ano de 1859, pelos próprios moradores, junto aos missionários franciscanos que chegaram a Manaus. A base de alvenaria foi construída somente no ano de 1888, e, somente no ano de 1912 foi elevada à condição de Paróquia.

A arquitetura da Igreja é eclética, bastante parecida com as capelas italianas e possui muitas pinturas do período bizantino. Podem-se observar variações na composição da obra da Igreja: a torre no estilo gótico, o frontão neoclássico e a abóboda renascentista, totalmente diversificada e de uma beleza estonteante.

A Igreja fica em uma localização bastante movimentada e próxima aos monumentos antigos mais conhecidos de Manaus, como o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Largo São Sebastião, as construções antigas, além dos restaurantes regionais como o Caxiri, e hotéis como o Juma Ópera, que compõem o cenário único do local.

Endereço: Setor Centro Histórico – Região Episcopal N. Sra. dos Remédios Rua Tapajós, nº 54 – Centro de ManausHorário: Segunda a sexta-feira, 8h às 12h e das 14h às 17h/Sábado, 8h às 12hTelefone: (92) 99474-8844

Igreja de São Sebastião. Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Basílica Santuário de Nazaré (Belém – Pará)

No dia 19 de julho de 1923, um acontecimento marcava ainda mais o lugar sagrado que seria conhecido mundialmente como referencia pela devoção mariana na Amazônia: a então Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro recebia o título de Basílica Menor, a terceira erguida no Brasil e a primeira do norte do Brasil.Uma Igreja recebe o título de “Basílica”, concedido pelo Papa, devido à sua importância espiritual e histórica para o povo da região na qual é localizada. Tendo em vista a magnitude da expressão da fé e devoção do povo paraense por Nossa Senhora de Nazaré, e sendo a casa da Rainha da Amazônia, um lugar de acolhimento e importante significado diante o papel da Igreja Católica no Brasil, confira um trecho do texto que compõe o documento papal que evidencia celestial feito:”Existe na cidade de Belém do Pará, Brasil, a igreja paroquial erigida em honra da Virgem, sob a invocação da Bem aventurada Virgem de Nazareth, que, pela imponência da construção, pelo esplendor das obras de arte, pelo brilhantismo do culto, celebérrima outrossim pela frequência e devoção dos fiéis, pode com justiça e direito ser enumerada entre os principais santuários consagrados em terra brasileira, à Bem aventurada Virgem Maria. […] nos dignemos elevar esta igreja à categoria Basílica”.Em meados de completar-se um século da concessão deste título, a Basílica de Nazaré ainda representa um dos ícones mais significativos que representa a relação de intimidade do povo paraense com a Virgem de Nazaré. Todos os anos, a Igreja recebe milhões de fiéis, vindos do mundo inteiro, que buscam conhecer e aproximar-se da padroeira.A palavra “basílica” vem do latim basilica, que deriva do grego basiliké. Significa “casa real”. No período do Império Romano, era o lugar onde estava localizado o tribunal de justiça. Uma basílica é o centro espiritual e evangelizador de uma comunidade e também serve para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.Endereço: Av. Nª Sra. de Nazaré, 1300 – Nazaré, BelémHorário: Segunda a terça, 8h às 22h/Quarta, 19h às 22h/Quinta a domingo, 6h às 22hTelefone: (91) 4009-8400 

Basílica Santuário de Nazaré. Foto: Divulgação/Basílica Santuário de Nazaré

Matriz de Nossa Senhora do Carmo (Boa Vista – Roraima)

A Matriz de Nossa Senhora do Carmo em Boa Vista (RR) é um dos principais ícones de fé e religiosidade em Roraima. O monumento reúne os devotos e turistas, especialmente, durante as festas em homenagem à Santa, que é também a padroeira do estado.A Igreja Nossa Senhora do Carmo começou como uma capela bem pequena construída pelos padres carmelitas em 1725. Anos depois, os carmelitas deixam a região, que passa a contar com a presença dos padres franciscanos, cuja missão é a catequese em algumas regiões da Amazônia. Em 1856, eles constroem uma capela maior para Nossa Senhora Carmo e, dois anos depois, em 1858, ela foi transformada em Igreja Matriz. As atividades religiosas em Boa Vista ficam com os franciscanos até 1909, quando outra Congregação chega à Amazônia. Desta vez, foram os Beneditinos que assumiram a educação religiosa dos fieis e a gestão da Matriz Nossa Senhora do Carmo.O templo da santa carmelita, reconhecido como o mais antigo de Roraima, e o único que os Beneditinos construíram na região, foi em realidade reconstruído na década de 1920. O templo ganhou novas dimensões e, até hoje, mantém suas características germânicas, cuja arquitetura mantém a singeleza e a suavidade dos Beneditinos.O tombamento veio em 1990 com o reconhecimento do seu valor histórico e artístico para cidade de Boa Vista. Nos anos de 2005 e 2007, a Igreja Matriz é mais uma vez reformada e enche de orgulho a população, sobretudo, os seus devotos.Endereço: R. Floriano Peixoto – Centro de Boa VistaHorário: Quarta-feira, 18h às 19h30/ Domingo, 11h às 12h30 e 18h às 19h30

Matriz de Nossa Senhora do Carmo. Foto: Reprodução/Governo de RR

Igreja Matriz de São José de Macapá (Macapá – Amapá)

Igreja Matriz de São José de Macapá. Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Igreja Sagrado Coração de Jesus (Porto Velho – Rondônia)

Apesar de ter tido sua pedra fundamental lançada em 3 de maio de 1917 — presentes o Bispo do Amazonas, Dom João Irineu Joffily, e o Superintendente Municipal, Joaquim Augusto Tanajura — somente em 1927 a Igreja Sagrado Coração de Jesus teve sua construção definitiva efetivamente iniciada.A primeira missa realizada na Capela Provisória do Sagrado Coração de Jesus, foi celebrada pelo padre Antônio Carlos Peixoto, na manhã de 10 de novembro de 1926, tendo como ajudante o Prefeito Municipal, Prudêncio Bogéa de Sá.Em agosto de 1927, o padre Peixoto, então secretário geral da Prelazia de Porto Velho, delegou poderes a uma comissão formada pelos senhores Prudêncio Bogéa de Sá, como presidente, Francisco Alves Erse, engenheiro da EFMM, e José Centeno, comerciante, para administrar as obras de construção do novo templo.Já em 26 de setembro de 1927 foi iniciada a abertura das covas dos alicerces da nova catedral. Os trabalhos seguiram com dificuldades, embora contando com o auxílio direto da população e de autoridades laicas. Logo passaram a contar com o apoio incansável do padre João Nicoletti, cujo nome foi atribuído à praça do Paço Municipal, em frente à Catedral, e tem seu túmulo no interior do templo.As telhas para a cobertura chegaram em Porto Velho a 8 de janeiro de 1929, a bordo do navio Madeira-Mamoré. Foram transportadas desde o porto até o local da obra pelos marinheiros e pelos habitantes da cidade. As pinturas originais de cunho religioso no interior da Catedral, foram executadas pelo padre Ângelo Cerri e por Afonso Ligório.

Os vitrais que a circundam, com temas da Via Sacra, foram todos doados pela comunidade portovelhense. Modernamente, a artista Rita Queiroz fez algumas restaurações e incluiu uma obra sua. Nesse período inicial, foi construída apenas a parte que hoje corresponde à nave central e o campanário. Somente a partir de 1945 foram realizadas as obras de expansão, surgindo o novo altar e suas laterais. 

Igreja Sagrado Coração de Jesus .Foto: Hosana Morais/Rede Amazônica

Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus (Cuiabá – Mato Grosso)

A Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus começou a ser levantada em 1722, três anos após a fundação de Cuiabá, sendo fundada em 1723. Com o crescimento da cidade, a comunidade local viu a necessidade de ampliar suas instalações para serem compatíveis com a realidade que viviam, por esse motivo, em 1745, a Igreja ganhou a primeira torre, que foi reformulada algumas vezes até receber o formato de pirâmide, com parte superior arredondada. A Igreja tornou-se Catedral em 1826 e em 1868 passou por outra reforma. Em 1929, a segunda torre foi construída. A Catedral foi demolida em 1968, dando lugar a atual Catedral, erguida no mesmo local em 1973.Localizada em frente à Praça da República, a catedral conta com pinturas modernas, duas torres com um relógio em cada. O prédio continua sendo um dos lugares mais visitados da capital. Além de conhecer as novas estruturas os visitantes podem ver imagens do século XVIII como a imagem do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, que é dedicado ao padroeiro local.Endereço: Praça da República, s/n Centro de Cuiabá – CX Postal 216Horário: Segunda, 18h30/Terça a sábado, 6h30, 12h e 18h30/Domingo, 7h, 9h, 17h e 18h

Telefone: (65) 99983-2729 

Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus. Foto: Divulgação/Facebook-Catedral de Cuiabá

Catedral do Divino Espírito Santo (Palmas – Tocantins)

A história da Catedral do Divino Espírito Santo se confunde com o início de Palmas. No projeto do Plano Diretor da cidade já havia a previsão para construir a Catedral Metropolitana de Palmas no coração da nova capital, a Praça dos Girassóis, que concentra a sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A antiga devoção do povo tocantinense ao Divino Espírito Santo no interior do estado, através das Folias do Divino, foi a motivação para dar o nome da terceira pessoa da Santíssima Trindade à Catedral da cidade.Ao longo do tempo, o projeto inicial da Catedral foi modificado, pois já não atendia às necessidades da Arquidiocese, que havia crescido muito desde o começo do planejamento do novo prédio. Assim, foi encomendado um novo projeto, feito por um arquiteto mestre em espaço litúrgico da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) para redesenhar a Catedral, otimizando os espaços e adaptando às novas demandas de público. Em novembro de 2015, a obra é retomada e segue até o seu término.Com capacidade de receber um público de mais de 800 pessoas sentadas, a nova Catedral de Palmas terá tudo o que há de mais moderno em conceito de acessibilidade para Portadores de Necessidades Especiais e em conforto para os fiéis. Em quase 6 mil m² de área construída, o prédio vai abrigar toda a sede administrativa da Arquidiocese (Cúria Metropolitana) além do Salão Paroquial, Salas de Catequese, Batistério, entre outros ambientes.Endereço: Praça dos Girassóis, Q 102 Sul, Catedral – Plano Diretor SulHorários: Segunda a sábado, 18h30/Domingos, 8h, 11h30, 17h e 18h30.

Telefone: (63) 3213-3633 

Catedral do Divino Espírito Santo. Foto: Divulgação/Catedral de Palmas

Igreja de Nossa Senhora da Vitória (São Luís – Maranhão)

Considerado um dos monumentos históricos mais antigos e importantes de São Luís do Maranhão, a Igreja da Sé ou Catedral Metropolitana, foi denominada Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em homenagem a Nossa Senhora, protetora dos portugueses na Batalha de Guaxenduba.Essa batalha ocorreu em 1615, onde hoje se localiza a cidade de Icatu e foi um confronto militar importante para acelerar a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão. Conta-se que, nessa batalha contra os franceses, os portugueses estavam em desvantagem quanto ao número de soldados. Pediram ajuda a Nossa Senhora e foram atendidos. Por isso, a igreja foi denominada Nossa Senhora da Vitória.A edificação foi iniciada em 1619 pelo 3º Capitão-Mor Diogo Machado da Costa que, no final do seu mandato, em 1622, a inaugurou.Quase setenta anos depois, a Companhia de Jesus deu início às obras da igreja de Nossa Senhora da Luz, conforme desenho feito pelo padre Felipe Bertendorf e aprovado por Roma. A construção ficava próxima à modesta igreja construída pelo Capitão-Mor Diogo Machado e foi concluída em 30 de julho de 1699.Em 1761, após a expulsão dos jesuítas do Brasil, ficou determinado que os bens daquela ordem religiosa passariam para a Fazenda Nacional e o Colégio e a Igreja de Nossa Senhora da Luz serviriam de Paço Episcopal e Catedral. Como a primeira e antiga igreja estava bastante arruinada, a dos jesuítas tornou-se catedral, deixando de ter como padroeira Nossa Senhora da Luz e passando a ter como titular Nossa Senhora da Vitória. A antiga igreja foi demolida no ano de 1763.

Durante sua longa existência sofreu reformas, muitas malfeitas, que culminaram com desmoronamento de parte da igreja e sua reconstrução. As formas atuais da Igreja da Sé ou Catedral Metropolitana de São Luís do Maranhão é o resultado da reforma ocorrida em 1922. 

Catedral Nossa Senhora da Vitória. Foto: Divulgação/Catedral Nossa Senhora da Vitória

Por Portal Amazonia

By emprezaz

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