Redação Planeta Amazônia
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Acre e o Governo do Estado realizaram uma reunião para colher sugestões e discutir ações que amenizem os impactos causados pela subida das águas no estado. Prefeituras de cinco municípios decretaram situação de emergência devido aos impactos ocasionados pelos transbordamentos aos moradores de áreas de risco. Participaram da reunião, o governador Gladson Cameli, a presidente do Crea-AC, Carmem Nardino e conselheiros da entidade.
Por conta da intensificação de eventos climáticos extremos, o chefe de Estado pediu a cooperação dos membros do Crea e reforçou que o difícil momento atravessado no Acre requer a união das instituições na busca de alternativas viáveis em relação às enchentes. “Buscar soluções para os principais problemas do estado será nossa prioridade nos próximos anos. Somos um governo aberto ao diálogo e qualquer contribuição para ajudar o nosso povo será muito bem-vinda”, afirmou Cameli.
A vice-governadora Mailza Assis também participou do encontro. Para a gestora, o apoio da engenharia será fundamental neste processo. “São estes profissionais que nos orientarão sobre as melhores decisões a tomar, como, por exemplo, a execução de grandes obras estruturantes para atenuar a problemática das cheias”, disse.
Conforme explicou Egleuson Santiago, secretário de Habitação e Urbanismo, o Estado elabora dois grandes estudos hidrológicos nas bacias do Rio Acre e do Igarapé São Francisco. “Esses estudos subsidiarão soluções futuras para a questão das enchentes nesses dois mananciais. O projeto do Igarapé São Francisco contempla ainda uma reurbanização, e deverá ficar pronto até o fim do ano; já o do Rio Acre deverá ser entregue em abril de 2024”, relatou Santiago.
No encontro, foi definida ainda a formação de um grupo de trabalho com servidores do governo estadual e membros do Crea para a elaboração de um parecer técnico sobre as condições estruturais da Ponte Juscelino Kubitschek, a mais antiga travessia de veículos e pedestres construída sobre o Rio Acre. “Após a descida do nível das águas do Rio Acre, iniciaremos uma perícia técnica para avaliar se a estrutura oferece condições de trafegabilidade e, acima de tudo, segurança à população”, enfatizou Carmem Nardino.
Conforme dados do boletim Alagação dessa quinta-feira, 30, o nível de medição do rio Acre, em Rio Branco, esteve em 17,27m, ultrapassando a cota de alerta (13, 50m) e também a cota de transbordamento (14m).