Redação Planeta Amazônia
O Governo do Amapá monitora as condições ambientais da foz do Rio Araguari, entre os municípios de Tartarugalzinho, Cutias e Macapá. A região tem sofrido grandes transformações nos últimos anos devido ao acúmulo de sedimentos, como terra e areia, no leito do Araguari, em uma extensão de aproximadamente 40 quilômetros até a costa litorânea.
Como parte deste trabalho de monitoramento, uma equipe de analistas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) sobrevoou a região para fazer registros fotográficos aéreos de toda a extensão da foz do Araguari. As imagens são essenciais para a entender a dimensão dos impactos ambientais na área.
A ação, que atende solicitação do Ministério Público Federal (MPF), contou com o suporte do Grupo Tático Aéreo (GTA). Na avaliação do analista Armando Souza, da Coordenadoria Ambiental da Sema, o monitoramento permite a captação das informações atualizadas para o controle e a elaboração de políticas públicas que contribuam para a diminuição dos impactos ambientais.
“A ação foi bem-sucedida, pois conseguimos captar imagens atualizadas das transformações ocorridas e marcar as coordenadas georreferenciadas dos pontos que sofreram maior impacto e mudanças ambientais”, enfatizou Armando.
Mudanças no fluxo do Araguari
Com aproximadamente 618 quilômetros de extensão, o Araguari é o maior rio a correr exclusivamente no Amapá. Ele nasce no Parque Nacional do Tumucumaque e, até 2013, deságua no Oceano Atlântico, ao norte do arquipélago do Bailique.
Desde 2011, porém, formou-se um canal de conexão com o Rio Amazonas, fazendo com que o Araguari direcionasse parte do seu fluxo para o majestoso rio-mar. Com isso, o Araguari passou a desaguar inteiramente na Foz do Rio Amazonas, e não mais na costa litorânea.