O senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, chamou atenção para o que ele classificou como patrimônio ainda não dimensionado da Amazônia. O parlamentar afirmou que a população da região tem criado soluções sustentáveis para a exploração das riquezas da floresta e venda de produtos.
“Soluções criativas que o povo da Amazônia tem implementado nos últimos anos, soluções muito ricas da exploração dessas riquezas existentes na floresta e transformar isso tudo em um processo industrializado, para vender para o mundo os produtos, o que nós chamamos genericamente de bioeconomia. Isso é muito importante. Tem o Imazon, tem a Embrapa, tem os governos dos estados amazônicos, que têm profundo conhecimento”, pontuou.
Para o senador, é preciso valorizar e compreender a grandeza da Amazônia. Com mais de 24 milhões de habitantes, a região também apresenta os mesmos problemas sociais que afetam outros locais do país, conforme ressaltou Confúcio Moura.
“A gente fala da Amazônia como se fosse algo folclórico, distante, algo isolado, só vai lá índio, só tem aquelas regiões inóspitas, inacessíveis. Não é bem assim. A Amazônia, com todas as suas riquezas potenciais, abriga a maior desigualdade brasileira, em todos os sentidos: educacional, de renda, da pobreza, da falta de saneamento básico. É a pobreza dentro da riqueza”, declarou.
O senador também defendeu um órgão como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, somente para pesquisar a Amazônia. Outra solução apontada seria fortalecer as universidades e instituições não governamentais da região. Confúcio ainda mencionou o reflorestamento e citou processos nessa área que geram renda na cidade de Vilhena, em Rondônia.
Da Rádio Senado, Janaína Araújo.