Torres acima dos topos das árvores vão testar a resistência da floresta amazônica

Redação Planeta Amazônia
Com torres que ultrapassam o topo das árvores, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) pré-inaugurou um programa que vai testar este mês a resistência da floresta Amazônica às mudanças climáticas, no estado do Amazonas. O estudo que está em desenvolvimento há mais de 10 anos, consiste em observar as árvores através de torres instaladas dentro das matas, assim observando como a floresta reage em detrimento das ações da natureza. 

Torres do programa AmazonFace, do Inpa — Foto: Patrick Marques/g1 AM
Isso vai ser possível, pois nos topos das extensas matas, vai ser viável observar as reações da floresta a emissão de gás carbônico, uma sustância encontrada naturalmente na atmosfera e um dos principais poluentes da natureza. 

Dia 8 de novembro foi inaugurado a primeira faze do programa de monitoramento da floresta, que conta com membros do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Unicamp e até mesmo o governo britânico, representado pela embaixada da  Grã-Bretanha, que é num dos grandes apoiadores da pesquisa. 

Assim, a vice-embaixadora da Grã-Bretanha, Melanie Hopkins, fala da importância de estudos como esse que vão ter resultados para o mundo inteiro. “A gente sabe que os dados produzidos aqui na Amazônia pelos cientistas brasileiros vão ter um impacto muito importante. Vão ajudar na criação de novas políticas públicas não só aqui, mas também no mundo inteiro. É um dia de história nas ciências brasileiras e também nas ciências globais”, disse a vice-embaixadora.

O pesquisador responsável pelo projeto, Alberto Quesada, do Inpa, explica que apesar de poluente, o gás carbônico na atmosfera pode servir comoum grande fortalecedor das plantas, o que também é uma fonte de analise durante as pesquisas.

“Esse experimento é um experimento com escala industrial com torres, que vão jogar o gás nas árvores, onde vamos testar se ele tem esse efeito mesmo ou não. Se a gente tem um efeito forte, isso pode significar que a floresta vai ficar mais resistente e a gente vai ter floresta nos próximos 50, 100 anos. Se não tem, é um problema muito grave. Provavelmente, a gente vai ter grandes problemas sociais nos próximos 20, 30 anos, porque a Amazônia pode começar a morrer”, informou.

By emprezaz

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