Redação Planeta Amazônia
Um grupo de instituições parceiras apresentou ao governador do Amapá, Clécio Luís, na quarta-feira (14), o Plano de Prevenção e Combate à Doença da Mandioca. No dia 6, o Governo do Estado decretou novamente situação de emergência em função da crise fitossanitária que afeta, principalmente, áreas indígenas.
“Eu tenho certeza que a gente vai conseguir enfrentar a situação com todos os esforços, de forma coordenada, e logo vamos ter resultados. Temos problemas ainda, sobretudo técnicos, mas temos ações definidas que vão mitigando enquanto a gente encontra uma solução definitiva”, afirmou o governador Clécio Luís.
As condições sanitárias são acompanhadas pelo Governo do Estado e instituições parceiras desde 2023, quando o primeiro decreto foi publicado. Desde então, foram empenhados esforços para uma série de ações, como doação de sementes de maniva sadias; organização de barreiras sanitárias; e entrega de 9 mil kits de alimentos.
Em função das condições que assolam os municípios de Oiapoque, Calçoene e Amapá, o governador assinou um novo decreto em 6 de agosto para que sejam implementadas iniciativas que assegurem a segurança sanitária, a assistência às populações afetadas e amenizem os prejuízos no contexto do combate à praga. A situação de emergência foi reconhecida pelo Governo Federal na segunda-feira (12).
O Plano
O Governo montou uma rede de assistência que reúne esforços interinstitucionais para tratamento, controle e contenção da doença da mandioca, associado ao programa de assistência social nas áreas afetadas.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez a identificação do agente causador da doença, um fungo originário do sudeste asiático.
“Nós contribuímos com a rede de instituições com as pesquisas para identificar o que causa essa doença da mandioca, que ataca principalmente as folhas e hastes, por dentro, e causa um prejuízo bastante considerável para essa cultura. Precisam ser tomadas várias medidas para evitar que esse fungo se espalhe para outras regiões do estado”, declarou a chefe adjunta da Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Amapá, Cristiane Ramos.
O plano prevê as seguintes ações:
- Realização de diagnóstico fitossanitário da mandiocultura em todo o estado;
- Instalação de barreiras de fiscalização em pontos estratégicos;
- Capacitação de técnicos e agricultores;
- Criação de um canal digital no WhatsApp para recebimento de informações sobre a infestação;
- Fomento à pesquisa para a produção de soluções tecnológicas;
- Planejamento e articulação para a assistência social;
- Fomento à política de implantação de viveiristas certificados.
Participam do plano representantes das secretarias de Estado da Ciência e Tecnologia, Assistência Social, dos Povos Indígenas, Desenvolvimento Rural, Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), Fundação Marabaixo; além do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Embrapa.