Redação Planeta Amazônia
O presidente anunciado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, que será nomeado oficialmente ao cargo, no final de janeiro, afirmou que a principal prioridade do órgão é se reestruturar para realizar operações de combate e fiscalização ambiental em terras indígenas localizadas na Amazônia.
Para dar continuidade às atividades de fiscalização ambiental, o órgão está contratando equipamentos e montando estruturas de combate a infrações. O Ibama já iniciou algumas incursões em campo na Amazônia para obter informações que levem a operações mais “assertivas”, segundo Agostinho.
Mas a prioridade é combater o garimpo que avançou consideravelmente durante o governo de Jair Bolsonaro, levando a uma crise sem precedentes à comunidade indígena yanomami, que vem passando por fome, desnutrição e morte.
“O Ibama vai voltar com força total para atacar o desmatamento na Amazônia e a prioridade vão ser terras indígenas, unidades de conservação e terras públicas griladas. O Ibama está trabalhando no planejamento com olhar nos Yanomami”, disse o presidente anunciado.
Agostinho destaca que há tratativas com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Polícia Federal e garante que estão bem adiantadas, mas que o setor de logística estava “completamente estrangulado”, o que faz com que seja necessário um tempo de reorganização. Por isso, ainda não há data para o início das operações.
O presidente explica que estão organizando uma operação na Amazônia, mas que se encontra na fase de logística, já que há a necessidade de um helicóptero para sobrevoarem a área. “Dentro do Ibama as coisas estavam bastante desarticuladas e estamos numa fase de planejamento para que as missões comecem logo”, disse ao site Metrópoles. “No caso dessas grandes terras, essas operações demandam muita estrutura. O Ibama já renovou o convênio com a Guarda Nacional, isso já foi muito importante”, completou Agostinho.
Ele também destaca como passos importantes do governo Lula, o novo decreto de multas que deve fazer com que o Ibama volte a punir infratores, o que havia deixado de ocorrer durante o governo Bolsonaro, além da revogação da norma que permitia exploração de madeira em terras indígenas.