Cidade amazônica convive com constantes terremotos

Ila Verus

É comum para os moradores do município de Tarauacá, interior do Acre, sentirem o movimento brusco da terra. Recentemente, a cidade foi surpreendida por um terremoto, que atingiu a magnitude 5.0 na escala Richter, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro (ponto onde dar origem a onda sísmica) foi a 627,2 quilômetros de profundidade e a 88,5 km da cidade de Tarauacá.

Com base em dados do o Serviço Geológico Norte-Americano (USGS), a pesquisa “Atividades sísmicas na Amazônia: levantamento e caracterização de terremotos na Amazônia Sul-ocidental-Acre-Brasil”, de Figueiredo, Lima e Castro, apontou que o Acre desde 2007 há 2015 registrou mais de 40 terremotos, sendo 17 ocorridos na cidade de Tarauacá.  

Terremotos são fenômenos naturais causados a partir da acomodação de diferentes placas tectônicas. No Acre, os abalos sísmicos em sua maioria são causados pelo encontro das placas de Nazca e da sul-americana.

“A incidência de tremores na região acreana se dar pelo fato de o estado estar concentrado em abaixo de duas placas tectônicas, a de Nazca que é uma placa que transpassa por baixo da placa Sul-americana, que deu origem as Cordilheiras dos Andes, uma das montanhas mais extensas do mundo.”, esclarece o pesquisador e doutor em geografia da Universidade Federal do Acre, Waldemir Lima dos Santos.

Além de Tarauacá, outras cidades acreanas que sofrem constantes abalos são Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

Histórico de terremotos

O Brasil não é um país que tenha o terremoto como um problema, isso se deve por estar no centro da placa sul-americana, mas há registros de terremotos que atingiram a escala 6, que a partir daí podem ser sentidos e causarem estragos em um raio de 100 quilômetros:

  1. Espírito Santo (1955), atingindo: 6,3 graus.
  2. Mato Grosso (1955) atingindo: 6,6 graus.
  3. Divisa entre Acre e Amazonas (2007) atingindo: 6,1 graus

Classificação de tremores segundo a Escala Richter

3 a 3,9
São percebidos pelos humanos, mas não causam danos materiais
Frequência mundial: 50 mil por ano

4 a 4,9
Têm maior intensidade e, eventualmente, provocam estragos em carros e vidros
Frequência mundial: 8 mil por ano

5 a 5,9
Causam danos em construções sólidas. Podem provocar rachaduras
Frequência mundial: 1 500 por ano

6 a 6,9
Causam estragos em um raio de 100 quilômetros. Destroem pontes e estradas
frequência mundial: 150 por ano

7 a 7,9
São dez vezes mais fortes que os terremotos de magnitude 6
frequência mundial: 20 por ano

8 em diante
São catastróficos. Destroem cidades inteiras e causam milhares de mortes
frequência mundial: um a cada oito meses

By emprezaz

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