Em comemoração ao Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, as indígenas Djuena Tikuna e Tainara Kambeba protagonizaram um vídeo cantando o Hino Nacional em suas respectivas línguas. O intuito do material é alertar para os riscos da degradação na floresta.
A iniciativa foi comanda pelo Gabinete dos Bichos, grupo ativista liderado pelo jornalista Roberto Kaz. Segundo ele, depois de alguns meses traduzindo o hino, o vídeo foi gravado na comunidade indígena Três Unidos, no Teatro Amazonas e em um estúdio em Manaus.
Para Roberto, a peça é importante em um cenário com constantes alertas de desmatamentos. “É uma forma de mostrar a beleza do lugar, em meio a tantas notícias de destruição. Quisemos mostrar as enormes riquezas, tanto naturais como culturais. São mais de 100 línguas indígenas da Amazônia e diversos povos”, disse ao Poder360.
O vídeo foi dirigido por João Inada, com produção de Leticia Leite, Luiz Borges, Afonso Cappellaro e Roberto Kaz. Eis a íntegra da ficha técnica (48 KB).
Confira:
Alertas de desmatamento
Dados divulgados em 12 de agosto pelo Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) mostram que o acumulado de alertas de desmatamento dos últimos 12 meses na Amazônia foi de 8.590 km². O número corresponde ao período de agosto de 2021 a julho de 2022.
Esse é o 3º ano consecutivo do governo de Jair Bolsonaro (PL) em que a marca de 8.000 km² é ultrapassada. O recorde da série histórica é de agosto de 2019 e julho de 2020, quando os alertas de desmatamento somaram 9.216 km². De agosto de 2020 a julho de 2021 foram 8.780 km².
Os alertas de desmatamento são feitos pelo Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe. O sistema mostra diariamente sinais de alteração na cobertura florestal. Os dados produzidos não são oficiais, mas alertam sobre onde o problema está acontecendo e a dimensão.
