Monitoramento ambiental: plataforma reforça o combate de atividades ilegais na Floresta Amazônica

Redação Planeta Amazônia

Com o compromisso de identificar práticas ambientais ilegais na Floresta Amazônica, como queimadas e desmatamentos, a Codex, especialista em soluções de gestão e análise de informações por meio de sistemas de inteligência geográfica para o desenvolvimento sustentável nos setores público e privado, desenvolveu o Sistema de Monitoramento Ambiental de Queimadas e Desmatamento para o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). Através de painéis atualizados diariamente, a ferramenta reúne informações sobre práticas ambientais ilícitas em todos os municípios do estado.

O sistema compõe a base do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas, gerenciada pelo IPAAM, e integra informações geográficas de todo o estado do Amazonas, ampliando o monitoramento contínuo da cobertura vegetal nas áreas de maior degradação potencial, além de propriedades inseridas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), Empreendimentos Licenciados e Áreas Protegidas, Unidade de Conservação Estadual (UCE), Unidade de Conservação Federal (UCF) e Terras Indígenas. 

 Por meio do painel de Alerta de Desmatamento, é possível selecionara área desmatada e otimizar o acionamento da fiscalização. A ferramenta vai além de uma simples planilha digital, proporcionando uma experiência simplificada para a execução das atividades de fiscalização. “A partir de 0,5 hectare de área desmatada os dados apresentados no sistema indicam com precisão o local e a região onde a atividade ilegal ocorre, além de especificar se é uma reserva legal ou não”, especifica Venicios Santos, Diretor de Negócios da Codex.

Registros feitos por imagens de satélite apontaram aumento de desmatamento na Amazônia /foto: Bruno Kelly

Uma seção dedicada exclusivamente ao Alerta de Queimadas também foi desenvolvida no sistema. Essa funcionalidade oferece um histórico detalhado, com dados desde 2017, obtidos por meio de diversos satélites que monitoram a região. O sistema utiliza como referência o satélite AQUA M-T e aplica filtros para fornecer informações estatísticas precisas. 

Os painéis da plataforma apresentam dados atualizados diariamente com informações sobre ocorrências em todo o território do Amazonas. Desde o seu lançamento até o dia 31 de maio de 2023, o sistema já identificou 23.392 focos de queimadas e 12.860 alertas de desmatamento, o que equivale a uma área de 300.622,647 hectares. Segundo as estatísticas registradas pelo IPAAM, houve uma redução de 45% nos alertas de queimadas no mês de maio deste ano, em comparação a maio de 2022, com destaque para a redução de alertas no município de Manicoré, na Terra Indígena de Tanharim e no Parque Nacional dos Campos Amazônicos. A visualização dinâmica de dados proporcionada pelo sistema desenvolvido pela Codex possibilita uma fiscalização assertiva e eficaz na tomada de decisões para a autuação remota de infrações. Em relação ao desmatamento, no mês de maio deste ano foram registradas 1268 ocorrências (30135 ha), enquanto no ano anterior foram contabilizadas 583 (14357 ha), apresentando uma queda significativa de 117%.

Reforçando o comprometimento ambiental, a solução foi apresentada na COP 27, maior e mais importante conferência climática do mundo, sendo reconhecida por líderes e ambientalistas de todo o mundo como uma tecnologia inovadora e relevante para o futuro do planeta. O IPAAM também foi um dos escolhidos para apresentar o sistema na User Conference (UC), evento anual realizado pela Esri, empresa especializada na produção de soluções para informações geográficas (GIS), que apresenta os avanços mais recentes no segmento.

“Na Codex, temos o propósito de utilizar tecnologia e inovação para contribuir com a preservação do meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável. O Sistema de Monitoramento de Queimadas e Desmatamento traduz e facilita a visualização dos dados georreferenciados obtidos por satélite, permitindo que os agentes atuem de forma precisa e eficiente no combate a queimadas e desmatamentos ilegais”, conclui Luiz Marchiori, CEO da Codex.

By emprezaz

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