Por redação do Planeta Amazônia
O rato-do-mato-de-diauarum (Akodon diauarum) é a nova espécie de roedor registrada por pesquisadores na região de transição entre a Amazônia e o Cerrado, onde existe uma vegetação conhecida como canga – ecossistema associado a locais onde ocorre o afloramento de rochas com elevadas concentrações de ferro. O mamífero foi encontrado em abundância na Floresta Nacional de Carajás, área de conservação ambiental no Leste do Pará.
De acordo com o pesquisador Marcus Vinícius Brandão, essas áreas abrigam seres vivos muito específicos e adaptados às características desses lugares. “Entender a ecologia desse roedor na canga é um dos próximos desafios. É um ecossistema único de plantas, adaptado às condições ambientais locais, incluindo espécies endêmicas”, revela o pesquisador.
O rato-do-mato-de-diauarum mede cerca de 18 centímetros. O pequeno roedor do gênero Akodon tem pelos densos e macios, com tons que mesclam o marrom escuro e claro. Apresenta apenas cinco pares de cromossomos, o menor número dentre todos os roedores e um dos menores dentre todos os mamíferos conhecidos.
“A descoberta nos revela como ainda temos muito a conhecer sobre nossa biodiversidade”, afirma Brandão.
O nome do roedor veio do Campo de Diauarum que fica dentro do Parque Indígena do Xingu, no norte do Mato Grosso (MT), em uma região que faz fronteira com o Pará (PA).