Redação Planeta Amazônia
Uma construção que será um marco para o desenvolvimento do turismo no Tocantins, principalmente do etnoturismo indígena, começa a tomar forma. O vice-governador do Tocantins, Laurez Moreira, acompanhado da secretária de Estado dos Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria; do presidente da Tocantins Parcerias, Aleandro Lacerda; e do deputado federal, Ricardo Ayres, estiveram na Ilha do Bananal, nessa segunda-feira, 16, para identificarem o local onde será construído o Centro de Etnoturismo da Cultura Indígena.
“Cumprindo uma determinação do nosso governador Wanderlei Barbosa, estamos dando início à elaboração desse projeto grandioso. A Ilha do Bananal é conhecida no mundo inteiro, os nossos indígenas e a sua cultura são importantes, eu não tenho dúvidas de que a construção desse centro irá transformar a Ilha do Bananal em um dos maiores polos turísticos não só do Brasil, mas do mundo”, declarou o vice-governador Laurez Moreira.
O vice-governador ainda ressaltou que dentre os objetivos do projeto é dar qualidade de vida às comunidades locais. “Queremos dar oportunidade aos indígenas de mostrar o seu artesanato, as suas danças, a sua culinária, toda a sua cultura. Transformar a Ilha do Bananal em um grande centro de etnoturismo, e, com isso, dar mais infraestrutura, educação, saúde, estradas e rodovias, para que as comunidades tenham uma vida mais digna”, concluiu.
A secretária Narubia Werreria destacou que esse é um projeto muito esperado. “É uma honra imensa, como filha desta terra, fazer parte dessa ação. Nós por muito tempo estávamos esperando projetos como esse, que promova o desenvolvimento sustentável e que valorize a cultura do nosso povo, a nossa terra e as nossas belezas naturais. A potencialidade da Ilha do Bananal para o etnoturismo, o ecoturismo, o turismo de pesca, a observação de pássaros, é inegável. Nós estamos falando de um paraíso ecológico no coração do Brasil, que precisa dessa valorização, assim como o povo Iny, povo belo e forte, de cantos e danças conhecidos no Brasil e no mundo. Agora, com esse projeto, nós vamos valorizar toda essa potencialidade turística ecológica que nós temos aqui”, assegurou Narubia Werreria.
O deputado federal Ricardo Ayres, apoiador do projeto, irá destinar recursos para a elaboração das ações. “Vou apresentar emenda parlamentar para a elaboração dos projetos que vão fazer com que nós tenhamos aqui, na maior ilha fluvial do mundo, um centro de eventos, para que a gente possa valorizar as nossas riquezas naturais, potencializar o desenvolvimento sustentável dessa região com o turismo, garantindo principalmente às populações tradicionais condições necessárias para que tenham uma vida com qualidade e possam contribuir com o desenvolvimento do nosso Estado”, confirmou.
A moradora local, Lenimar Werreria Kanela, de 57 anos, ressaltou que vê o projeto de forma positiva, mas que é fundamental nessa construção a autonomia do indígena. “Eu vejo de forma positiva, precisamos fazer parte desta construção, da nossa forma, com o nosso olhar, queremos ser os construtores, idealizar com o Governo do Tocantins aquilo que é para nós e sobre nós, é a nossa história que será mostrada para o mundo. E nós queremos realmente mostrar a nossa culinária, a nossa cultura, todo esse contexto do que é o indígena, mas dito por nós mesmos”, expressou.
O médico Hioló Werreria, de 37 anos, que vive na comunidade, também acredita no potencial do projeto. “A iniciativa do Governo do Tocantins de vir aqui, ouvir, participar e se mostrar como um agente de melhorias e desenvolvimento do nosso povo, a gente vê com bons olhos esse empreendimento, a gente acredita muito no potencial, vivemos aqui, crescemos aqui, estamos às margens de um belo rio, então não tem como não pensar positivo”, afirmou.
O projeto
De acordo com o presidente da Tocantins Parcerias, Aleandro Lacerda, a previsão é de que seja uma construção em um perímetro de área de 10 mil m². “Fomos identificar pontos interessantes para essa instalação, vamos contribuir com a parte técnica e criar uma modelagem adequada, além de identificar matrizes de riscos, melhor localização e demais informações técnicas para o sucesso desse grande projeto e para toda a população local. Inicialmente, será uma construção com média de 2 mil m², em um perímetro de área de 10 mil m²”, explicou.
O prefeito da cidade de Formoso do Araguaia, Heno Rodrigues, também participou da expedição. “Precisamos aproveitar todo esse potencial turístico existente e gerar mais oportunidades. A prefeitura de Formoso do Araguaia é parceira e vamos, juntos, transformar tudo isso que a gente sonha em melhorias para as nossas comunidades”, certificou.