Da redação do Planeta Amazônia
A Universidade Federal do Pará (UFPA) sediará um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), integrando a rede da Região Norte, que passará a contar com seis INCTs. O INCT da UFPA é intitulado “Sínteses da Biodiversidade Amazônica” (SinBiAm) e tem como objetivos fortalecer e ampliar uma rede de colaboração focada em pesquisas de síntese sobre a biodiversidade florestal e aquática amazônica; informar as práticas e políticas públicas focadas na educação, conservação e manejo sustentável e promover a formação das futuras gerações de tomadores de decisões, educadores e cientistas atuando na Amazônia.
O INCT-SinBiAm foi delineado para consolidar uma rede de pesquisa e ação e já agrega representantes de 32 instituições de pesquisa e tomadores de decisões: sete internacionais e 25 no Brasil (15 destas nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
Segundo o professor Leandro Juen, da UFPA, o SinBiAm preencherá lacunas de conhecimento sobre a biodiversidade da Amazônia por meio da realização de pesquisas de síntese, as quais combinam os resultados de diversos estudos locais para produzir novos conhecimentos que possam ser aplicados em maior escala. “Dessa forma, as pesquisas vão integrar informações de pesquisas anteriores realizadas em florestas, rios e igarapés para compreender a distribuição e direcionadores da biodiversidade amazônica. Através do SinBiAm, estabeleceremos uma rede transdisciplinar e interinstitucional de pesquisas de síntese sobre a biodiversidade terrestre e aquática da Amazônia”.
A sede principal do SinBiAm é a UFPA e o projeto será executado no Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO), do Instituto de Ciências Biológicas, em Belém. “No entanto é importante destacar que o Programa INCT estimula e permite a integração de diversos laboratórios associados para promover o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas e científicas”, continua o coordenador.
O SinBiAm possibilitará ainda, segundo o professor, a ampliação das redes e linhas de pesquisa, a consolidação dos grupos já existentes, a integração entre pesquisadores e diferentes atores sociais, bem como que os estudantes continuem desenvolvendo pesquisas direcionadas a questões relevantes para o conhecimento e a preservação da biodiversidade amazônica.
“Um dado importante do projeto é que 75% do total de recursos solicitados serão destinados a bolsas de estudos para os estudantes e pesquisadores em diferentes níveis. Um dos objetivos é criar um ambiente estimulante para buscar a internacionalização dos/as estudantes (de diferentes níveis, do ensino básico à pós-graduação) e jovens cientistas brasileiros e amazônicos”, diz Juen.