Tour ” Refloresta já” vai passar por cinco cidades rondonienses no mês de maio

Redação Planeta Amazônia

A jornada de mais de 5 mil quilômetros da Casa NINJA Amazônia pelas Amazônias brasileiras chega a Rondônia nesta sexta, 12. Cinco cidades rondonienses vão receber atividades gratuitas como oficinas, rodas de conversa e encontros de coletivos culturais: Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho e Guajará-Mirim.

Com objetivo de fortalecer a criação de iniciativas de comunicação independente e midiativismo pelo Brasil, a Mídia NINJA compartilha conhecimentos, tecnologias e ferramentas. A ação incentiva o desenvolvimento de um ecossistema de mídia livre no Brasil fora do eixo, fortalecendo narrativas invisibilizadas pela grande mídia.


Com o tema “Refloresta Já”, a ampla ação de circulação da Casa NINJA Amazônia Tour, que já passou pelo estado do Mato Grosso, visa contar histórias, conectar potências e trocar saberes e conhecimentos com realizadores, comunidades e povos da maior floresta tropical do mundo. A primeira parada foi Cuiabá, cidade na qual há pouco mais de 20 anos foi fundado o primeiro coletivo da rede Fora do Eixo, que impulsionou a criação de diversas comunidades da América Latina, incluindo a Mídia NINJA. Os ativistas da Mídia NINJA seguem a rota em formato itinerante, desta vez por Rondônia.

Sobre a Casa NINJA Amazônia tour

 A caravana será dividida em três partes. A primeira passa por Mato Grosso, Rondônia e Acre, durante todo o mês de maio, com atividades presenciais em 20 municípios. Nos meses seguintes, a rota abrange Tocantins, Maranhão, Pará e Amapá e por fim, Amazonas e Roraima. A iniciativa pretende visibilizar culturas e estimular a reflexão crítica e a potência narrativa das milhares de iniciativas locais que movimentam as comunidades amazônicas e suas pequenas e médias cidades do Brasil fora do eixo, territórios de origem das redes e ativistas que fundaram a Mídia NINJA.

Programação inclui muito diálogo e troca de vivências entre os participantes/foto: Mídia Ninja

Entre as principais metas do projeto, está o fortalecimento de um ecossistema multitemático e multiétnico com foco na justiça climática. Dos povos indígenas aos hackers, dos quilombolas aos artistas, das populações tradicionais aos coletivos urbanos; das lutas das mulheres à LGBTQIA +. Muitos serão os trajetos que marcam essas rodadas, na construção da “Floresta Ativista”. Para isso, a ação realizará encontros, oficinas, reuniões abertas e intervenções artísticas, entre outras atividades, num amplo circuito de trocas e diálogos. Para inscrever-se nas atividades e acompanhar a agenda, o público pode cadastrar-se pelo site: Link 

A primeira etapa da jornada é intitulada “Refloresta Já” e dá visibilidade à urgência da agenda de enfrentamento às emergências climáticas, combatendo o desmatamento e difundindo ideias e práticas de reflorestamento. Dão corpo a esta jornada, as múltiplas interfaces do reflorestamento. Reflorestamento das áreas degradadas, das práticas sociais e da sociabilidade no território. O reflorestamento dos ideários, das mentalidades e da própria vida.

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas (ANMIGA), com o “Reflorestarmentes”, e artistas como Gilberto Gil lançaram recentemente campanhas com foco na agenda. Com a força da comunicação, a Mídia NINJA soma energia ao movimento.

A Floresta Amazônica é também uma enorme fronteira. Não apenas entre os 9 países pelos quais a floresta se estende, mas também entre humanidade e natureza, entre modos de vida e, principalmente, a fronteira para um novo tempo no qual a tecnologia colabora com a humanidade. Uma ação de respeito à natureza e de reconstrução de uma nova sociabilidade que coloca a sustentabilidade socioambiental como matriz de governança e desenvolvimento.

A primeira etapa da caravana começa por Mato Grosso, em Vila Bela da Santíssima Trindade, onde nasceu e viveu a líder quilombola Tereza de Benguela; passa por Cáceres, Pantanal mato-grossense, e sobe em direção ao norte do estado, passando por Alta Floresta (MT), Sinop (MT), Resex Guariba-Roosevelt (MT). Dali segue para Rondônia, passando por Vilhena (RO), Cacoal (RO), T.I. Uru-Eu-Wau-Wau (RO), Ji-Paraná (RO), Porto Velho (RO). Por fim, chega ao Acre, onde passa por Brasiléia (AC), Xapuri (AC), Rio Branco (AC), Tarauacá (AC), Cruzeiro do Sul (AC), Feijó (AC) e T.I. Poyanawa (AC).

O projeto faz parte do programa “Vozes pela Ação Climática” (VAC), que atua em sete países do hemisfério Sul, sendo o Brasil um deles e conta com a parceria da ANMIGA – Articulação Nacional das Mulheres Indígenas e CNS – Conselho Nacional de Populações Extrativistas.

By emprezaz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens relacionadas